Criado em 2000, no âmbito da ANPOLL, o GT Relações Literárias Interamericanas tem mantido uma média de 25 participantes, e como parte da dinâmica de todo o GT, conhece uma renovação no quadro de seus membros, pois uns entram, outros saem. Atualmente conta com professores/as credenciados/as em Programas de Pós-Graduação de 20 universidades brasileiras e uma do exterior, sendo que muitos deles são bolsistas produtividades do CNPq.
A ideia de fundar um novo GT se origina, em princípio, de um desejo de criar um espaço mais circunscrito que dê conta da pesquisa desenvolvida por um grupo e que permita uma interlocução mais profícua. Os primeiros membros que aderiram ao projeto proposto por nós faziam parte de outros GTs, nos quais não estavam muito satisfeitos, ou ainda não pertenciam a nenhum.
A proposta de um comparativismo interamericano estabelecia paralelos entre literaturas tidas como “emergentes”, fugindo assim ao padrão tradicional de comparação entre literaturas canônicas e as novas literaturas. Desse modo, as pesquisas do GT se concretizam pelo foco da diversidade de literaturas escritas nas línguas dominantes das três Américas e do Caribe, ou seja, em português, inglês, francês e espanhol.
O GT Relações Literárias Interamericanas desenvolveu pesquisas sobre o território, explorando as relações do espaço com suas intrincadas expressões culturais. O estudo do tempo se fez através da análise do papel da memória e de suas relações com a História e com os diferentes tipos de escrita literária. A pesquisa sobre os modos de arquivo, assim como o entrecruzamento com outras artes e o rastreamento dos atos de violência praticados nas Américas, caracterizou nosso trabalho em grupo o qual foi continuamente enriquecido pelas nossas trocas constantes realizadas nos eventos anuais.