Pular para o conteúdo

Histórico

As vertentes do insólito ficcional abarcam, em sentido lato, as manifestações da literatura do Maravilhoso – desde sua ocorrência na Antiguidade Clássica até sua vigência na Contemporaneidade, sob o rótulo de Sobrenatural, conforme sugere Todorov, passando pelo fértil e diversificado Maravilhoso medieval –, da literatura do Fantástico – seja como gênero literário, sistematizado por Todorov; modo discursivo, conforme defende Iréne Bessière; ou condição existencial, na filosofia de Sartre –, da literatura do Estranho – aquele também estudado por Todorov, nas fronteiras com o Fantástico, ou o delimitado por Freud, em sua teoria psicanalítica –, da literatura do Realismo Maravilhoso ou Mágico – a partir das proposições de Carpentier e dos estudos de Chiampi –, da literatura do Realismo Animista em África – sugestão apresentada por Pepetela, cujos estudos ainda são embrionários – e tantas outras manifestações literárias ainda não focalizadas com atenção pela crítica. Dentro desse amplo perímetro do insólito movimentam-se ainda as representações dos mitos e lendas, incluindo-se aqui desde as histórias míticas herdadas de tempos imemoriais até as revisitações contemporâneas: por exemplo, de Ovídio a Marina Colasanti, de Homero a Dante, de Goethe a Robert Coover. O GT agrega pesquisadores vinculados a grupos de pesquisa de todas as regiões do Brasil, abarcando uma multiplicidade de enfoques sobre o insólito. Reúne-se nos encontros promovidos pela ANPOLL, bem como em variados eventos realizados pelos referidos grupos de pesquisa. O número de publicações derivadas do GT é amplo, uma vez que é resultado desse trabalho coletivo de interação entre os grupos de pesquisa.